Olá pessoas, esse é mais um episódio do AceCast o seu podcast de acessibilidade, que traz conteúdo da comunidade para a comunidade.
Para quem não me conhece, eu sou o Bruno Welber trabalho com acessibilidade a 6 anos e hoje eu sou líder técnico de uma equipe totalmente focada em testes de acessibilidade. Trago aqui para você quinzenalmente conteúdos que eu encontro pela internet, relevantes para o nosso mundo de acessibilidade.
Lembrando que se você produz material, se você escreve artigos, você tem alguma coisa de acessibilidade que você queira compartilhar, entre em contato comigo pelas redes sociais como acecastopodcast repetindo @acecastopodcast. Tanto no Twitter quanto no Instagram. Então manda lá para divulgarmos aqui também.
Bom, vamos então ao conteúdo. Como sempre deixarei o link para cada um dos artigos na descrição do episódio.
Um o assunto que vem ganhando muito destaque no mundo da acessibilidade, são os jogos acessíveis. Esses jogos nada mais nada menos são do que jogos para videogame, que estão vindo com opções, configurações voltadas para pessoas com deficiência. Opções que permitem por exemplo uma pessoa cega conseguir jogar o mesmo jogo que uma outra pessoa que não tem nenhum tipo de deficiência.
Esse bum se deu recentemente pelo lançamento do jogo The Last of Us, esse jogo foi o que mais surpreendeu nesse aspecto. Ao todo são mais de 60 opções que você pode configurar a acessibilidade do jogo.
Porém um item que eu queria destacar que eu achei muito interessante, é que esse movimento por jogos acessíveis já existe a algum tempo inclusive no Brasil. Recentemente eu encontrei um grupo chamado AbleGamers, justamente uma turma um grupo que se reuniu para levar os jogos do mundo dos videogames para pessoas com deficiências.
E a título de curiosidade, a dubladora da personagem principal do The Last of Us II é a Luiza Caspary. Ela além de ter um site totalmente acessível, de trazer Libras é audiodescrição para todos os clipes dela, e de todos os shows ter um intérprete de Libras é uma pessoa super voltada para o tema.
Este artigo trata sobre um assunto que infelizmente existem poucos materiais que falam especificamente sobre isso, que é justamente como a gente escrever textos artigos notícias e etc. e tal de uma forma mais acessível.
Para o pessoal que é UX writer né, é um material muito rico porque ele te traz de forma bem sintetizada ali em 20 passos e 20 pontos de cheque, como você pode construir um artigo construir um texto que seja mais fácil de ser lido, um texto que possa atingir mais pessoas e consequentemente ser um texto mais acessível.
Um dos itens por exemplo que destaca no artigo, fala sobre o uso de acrônimos uso de abreviações enfim aquelas famosas siglazinhas que a gente fica colocando no meio do texto e que nem todo mundo conhece. A própria WCAG já tem uma regra que fala sobre isso, só que ela é um triplo A, onde diz para a gente evitar o uso deles, e quando a gente usa colocar descrição do que quis dizer aquele acrônimo.
Um detalhe legal de ressaltar também, que esse artigo tem alguns pontos nesses 20 passos que é um pouco mais contextualizado para língua inglesa, mas em geral todos podem serem aplicados no português também.
E eu tenho certeza que após aplicar esses 20 passos nos seus conteúdos, o conteúdo que você gera escrito vai estar muito mais acessível, impactando muito mais pessoas e consequentemente você vai estar semeando conhecimento para mais pessoas
Uma coisa que é unanimidade entre todas as pessoas que conhecem acessibilidade é o quanto carrossel é algo ruim para a acessibilidade. Um carrossel ele traz muitos transtornos na navegabilidade da pessoa com deficiência, ele traz várias infrações a WCAG que se a gente for de fato implementar todos os requisitos que é necessário para deixar minimamente acessível é um esforço muito grande.
Esse artigo é muito legal porque ele traz seis motivos muito objetivos e muito claros do porque não utilizar carrossel, e além disso ele traz três alternativas para o uso deles. Ou seja, se você tem aquele PO ou dono do projeto como um todo, que fala não eu quero carrossel eu quero carrossel eu quero carrossel, olha carrossel não é uma boa ideia, mas nós temos essas três alternativas aqui que podem substituir, mais acessíveis, que vão ser mais utilizáveis e que vão ser como que eu posso dizer menos ruins que o carrossel.
Essa outra dica de material que eu trago para vocês, é uma série de artigos que está sendo publicada pela Paciello Group. Eles são uma referência em acessibilidade na Europa, e essa série de artigos é muito legal, porque ela está trazendo uma forma estruturada, uma forma planejada de como você abordar acessibilidade e a pessoa com deficiência em todo seu processo de UX.
Desde aquele primeiro momento quando você junta à equipe para pensar, para começar a planejar um desenho de um produto, até os testes finais de usabilidade daquela interface eles trazem nessa série de artigos formas bem interessantes que você pode estar utilizando para abordar a pessoa com deficiência, para abordar acessibilidade e já trazer esse tema desde a concepção do produto. É um conjunto de ideias, um insumo de ideias muito rico para estar adequando e trazendo para nossa realidade.
Essa é a parte do AceCast onde eu respondo dúvidas e curiosidades do mundo da acessibilidade, que vocês enviam para mim pelo Twitter, pelo Instagram, no @acecastopodcast. Hoje eu separei três dúvidas para responder no episódio.
A primeira pergunta é sobre tecnologias assistivas que existem além do leitor de tela. Esse mundo de outras tecnologias assistivas é muito vasto, então eu vou deixar a indicação de dois materiais que eu acho muito legal que trata especificamente desse tema.
O primeiro é o link para o fascículo 3 w3c de acessibilidade, no item 2.2 ele fala sobre tecnologias assistivas versus necessidades e cita algumas necessidades, visual, física. E mostra algumas tecnologias que podem ser utilizadas para suprir essas necessidades.
Outro material é uma palestra que foi dada no TDC São Paulo 2019 trilha de acessibilidade, pela Cristina Stoll e a Marina Yonashiro, elas fizeram uma palestra muito legal, mostrando inclusive com vídeos várias tecnologias assistivas sendo utilizadas. Inclusive a palestra se chama pensando fora da caixa de som, ou seja, tudo sobre as tecnologias assistivas que existem além do leitor de tela.
O próximo item não é bem uma pergunta, mas um comentário que foi enviado em relação ao primeiro Episódio do AceCast. A gente comentou sobre algumas ferramentas para se fazer reuniões online, videoconferência, e no episódio eu comentei que o Teams é muito acessível. A pessoa comentou que de fato ele é acessível, porém ele tem falhas de acessibilidade ainda, muito críticas. Como por exemplo o fato de você não conseguir com leitor de telas, ver quem que está com a mão levantada ou abaixada na lista de participantes.
O Teams é uma ferramenta muito acessível, está caminhando para ser uma das melhores, porém existe algumas falhas consideráveis, algumas falhas bem críticas de acessibilidade que devem ser pensadas e cuidadas ainda pela Microsoft.
A terceira pergunta que foi enviada é sobre se existe outras normas de acessibilidade além da WCAG. Sim existem muitas outras normas, por exemplo aqui no Brasil o E-MAG, a norma chinesa de acessibilidade, seção 508 nos Estados Unidos, Norma europeia, tem várias outras.
O que acontece é que cada país, cada região tem uma necessidade específica ali para os usuários. Por exemplo no Brasil, os surdos utilizam muito linguagem de sinais, utilizam muito aqui no Brasil as Libras, então no Brasil é uma coisa que é essencial. O E-MAG ele trata dessa forma, todo site governamental que são os que tem que seguir o E-MAG, tem que ter a ferramenta de Libras linguagem de sinais, enquanto na WCAG esse item é um triplo A.
Cada país cada região pega a WCAG como base, e a partir dela vão adequando ela para a realidade da sua região, para realidade daqueles usuários que vão consumir, que vão precisar dessa acessibilidade.
Eu particularmente gosto bastante de ler normas de outras regiões, justamente para fazer um comparativo, entender como está a nossa realidade hoje, o que a gente precisa melhorar, enfim aprender um pouquinho com o que está acontecendo lá fora.
Bom pessoal, esse foi mais um episódio do AceCast, o podcast de acessibilidade que traz conteúdo da comunidade para a comunidade. Espero que você tenha gostado, qualquer dúvida, qualquer comentário, qualquer feedback que tiver, como sempre será bem-vindo. Pode me procurar nas redes sociais tanto Twitter quanto no Instagram, como acecastopodcast, repetindo @acecastopodcast.
Ou se você escreveu algum artigo de acessibilidade e quer compartilhar, ou se até mesmo você encontrou algo legal e acha que merece ser levado para a comunidade de acessibilidade, utiliza esse canal, entre em contato. Vamos semear, vamos compartilhar e levar esse assunto de acessibilidade que é tão legal cada vez mais para outras pessoas, para outros espaços, e ampliar a conscientização sobre esse assunto. Então vamos juntos acessibilizar!